Na última segunda-feira (24), participamos da coletiva de imprensa do filme Em Ritmo de Fuga com a presença do diretor, Edgar Whrite e do protagonista, Ansel Elgort.
Conduzida pelo também jornalista, Roberto Sadovski, as perguntas foram feitas por diversos veículos do país, especialmente os de São Paulo. A primeira questão levantada foi referente a trilha sonora emblemática do longa, que conduz toda a narrativa. Ao ser questionado se as músicas já haviam sido escolhidas durante o processo de elaboração do roteiro, o diretor, e também roteirista, Edgar Whrite, assumiu “Quando eu finalizei o primeiro tratamento do roteiro, em 2011, já possuía 25 músicas selecionadas nele, porém muitas delas nem chegaram ao filme”. Edgar ainda fechou afirmando ter feito os atores ouvirem todas as músicas antes, e durante as gravações do filme. Segundo ele, isso foi de total importância para o material final: “Cada som que você escutou, estava realmente sendo tocado durante a filmagem”.
Ansel também não abandonou as canções “Eu estava com a playlist do filme em mãos desde 2014, quando fui realizar os testes para interpretar o Baby”.
Em seguida, Edgar Whrite definiu a importância da trilha sonora em seu filme:“Eu acredito que muitas pessoas usam a música como um escape da realidade e, o filme é sobre isso, sobre seu relacionamento com a música e a capacidade que ela tem de transformar, e até mesmo mudar o seu humor e a sua vida”
Depois foi perguntado sobre a estética da edição, e questionaram se Edgar já imaginava a pós produção, mesmo durante as filmagens. O diretor revelou que a maioria das transições de cena não foram planejadas nem mesmo no storyboard, sendo em sua maioria idealizadas durante as gravações ou na própria ilha de edição.
Han Solo foi uma influência para o Baby?
Um dos jornalistas se indagou em uma das cenas finais do filme, na qual Baby dirige junto de sua namorada Deborah, e segundo ele, Ansel traz uma essência de Han Solo (Star Wars) ao seu personagem, principalmente em diálogos. Para Edgar isso foi “coincidência”.
Mais tarde, Edgar foi questionado sobre as críticas negativas referentes ao seu roteiro, considerado “simples” e “abaixo da média” de seus outros trabalhos.
“Eu discordo, pois acho que esse (roteiro) é um dos motivos do filme se conectar com o público, mais do que qualquer um dos meus outros trabalhos. É muito sensível […] Eu acho que um dos motivos pelos quais o filme está indo tão bem ao redor do mundo é porque as pessoas conseguem se conectar com a história, com o jovem casal, com a relação de Baby e seu pai”, afirmou Edgar.
Edgar Wright foi o responsável pelo roteiro e direção de Em Ritmo de Fuga, além de outros grandes filmes como “Todo Mundo Quase Morto” e “Scott Pilgrim Contra o Mundo”.
O astro adolescente, Ansel Elgort, confessou ter protagonizado momentos engraçados contracenando com o ator Jaime Foxx: “Quando eu estava tentando fazer as cenas com o Jaime Foxx, ele era o personagem mais assustador e também o mais engraçado do filme e em algumas dessas cenas ele me surpreendia com diálogos improvisados e engraçados que acabavam me dispersando, então eu realmente tive que colocar meus fones de ouvido e ignorar o que ele falava, exatamente como o Baby fazia no filme”.
Do romance adolescente ao filme de ação
Foi perguntado para Ansel como foi a passagem de um filme romântico como “A Culpa é das Estrelas” (2014) para um longa de ação como é o caso de Em Ritmo de Fuga.
“Eu penso que é tudo a mesma coisa. Quando você é um ator e pega um papel romântico ou de ação é uma essência diferente, claro, mas no caso do Baby é um tipo de personagem que as pessoas não escrevem mais hoje em dia, principalmente em filmes de ação, tem momentos que ele é engraçado, momentos em que é durão, e outros no qual é romântico. A sorte que eu tive ao conseguir esse papel é justamente poder dar vida a todos esses lados do Baby”
Com o carisma de Ansel exalando pela sala, o pessoal não perdeu a oportunidade e perguntou como é ser tão amado e ser considerado um “crush” para diversas pessoas ao redor do mundo. Aos risos, o jovem respondeu: “Minha namorada é uma ótima lembrança sobre isso, e eu realmente amo meus fãs. Tem sido muito bom estar aqui no Brasil e conhecer o pessoal daqui”.
A curiosidade sobre o destino dos personagens principais persistiu e gerou uma breve pergunta: “Vocês já pensaram no que aconteceria com o Baby e Deborah depois daquele final? Como a história deles progrediria?” Edgar encerrou o assunto de forma direta, “Bom, sim, mas isso é história para outra hora”. Será que isso é a confirmação de uma sequência?
A coletiva terminou com uma pergunta divertida e rápida: “Vocês possuem alguma música de Karaokê?”
Edgar: I want to break free do Queen – “…quando eu começo a escutar eu pego a letra e canto”.
Ansel: Easy do The Commodores – “Afinal foi a musica do meu personagem (Baby) por muito tempo”.