No segundo dia do festival tivemos as primeiras entrevistas e seminários e a exibição dos demais filmes da mostra, trazendo o aguardado longa “Jardim das Aflições”, documentário sobre os pensamentos e filosofias de Olavo de Carvalho, além de seis curtas exibidos, entre eles “O Ex-Mágico”, “Luiza”, “Dia dos Namorados”, “Almas Secas”, “Soberanos da Resistência” e “Marina e o passarinho”.
No período da manhã Sidney Santiago, o ator de “Diamante – O Bailarina” e o produtor Ricardo Fadel de “Real – O Plano por Trás da História” estiveram presentes em uma entrevista coletiva para contar mais detalhes de seus trabalhos expostos no dia anterior durante a mostra, onde comentaram sobre a história do Brasil, esportes, comunidade LGBT e economia.
Durante a tarde tivemos o seminário ministrado pelo Rafael da ANCINE e o professor Guido da UFPB, “Painel: Acessibilidade: O que está sendo planejado e executado para garantir a universalização do consumo no Audiovisual?”.
O seminário falava sobre a importância da acessibilidade para deficientes visuais e auditivos em produções, como obtê-las, fiscalizá-las e o que foi feito até hoje para auxiliar essas pessoas a partilharem da experiência Audiovisual do cinema.
Já durante a noite exibiram os curtas citados no inicio do texto, mas de todos, os que mais impressionaram foram, o controverso “Dia dos Namorados” que contava a história de uma senhora de idade que contrata uma garota de programa para seu marido, “Luiza”, um documentário íntimo sobre o mundo de uma deficiente mental e de como ela e a sua família lidam com o tema da sexualidade em seu relacionamento e, “Ex-Mágico”, adaptação de um conto de Murilo Rubiao para animação que deslumbrou devido às técnicas visuais e psicológicas envolvidas em uma animação adulta em preto e branco, mostrando que o evento está ajudando a revelar novas visões criativas para o mercado.
Enfim chegou o aguardado momento que lotou as salas e que também causou situações constrangedoras para os curtas exibidos anteriormente, trata-se do documentário “Jardim das Aflições”, que parece ter atraído diversos jovens que não trataram com o devido respeito não só os projetos anteriores como também o próprio filme no qual iriam prestigiar, talvez estivessem ali motivados apenas por ideologias políticas de Olavo de Carvalho, o que provocou situações terríveis que atrapalharam a experiência do dia, mesmo com a sessão lotada.
No final, o trabalho do documentarista foi muito bem aceito assim como grande maioria dos outros trabalhos, sendo aplaudido e consagrados pelo público mesmo com esses infelizes acontecimentos.