“Daniel Craig se despede da franquia em aventura grandiosa com as cenas de ação mais impressionantes e dignas do nome ‘James Bond’.”
Os fãs de James Bond podem ficar tranquilos que finalmente vão poder conferir o filme nas telonas!
Uma das franquias mais lucrativas do cinema, com um legado de 20 filmes e com um dos personagens mais conhecidos do cinema, James Bond que foi vivido por 6 atores diferentes, mas o Daniel Craig caiu no gosto do público na sua estreia em 007 – Cassino Royale (2006). No segundo filme, 007 – Quantum of Solace (2008) foi classificado pelos críticos como um filme razoável, já 007 – Operação Skyfall é uma das maiores bilheterias do cinema e ocupa a posição entre as 50 maiores bilheterias dos cinemas. No 007 – Contra Spectre comenta ser a melhor atuação dele no papel e hoje iremos falar do filme de sua despedida como o agente mais popular que marcou a sua carreira e vai deixar saudades no público.
Em 007 – Sem Tempo para Morrer, Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Sua paz é interrompida quando o seu velho amigo Felix Leiter (Jeffrey Wright) da CIA, aparece pedindo sua ajuda. A missão de resgatar um cientista sequestrado acaba sendo muito mais difícil do que o esperado, deixando Bond no caminho de um vilão misterioso e armado com uma nova tecnologia perigosa. Mais uma vez Bond (Craig) tenta se aposentar e construir uma vida plena com a sua parceira Madeleine Swann, (Léa Seydoux), mas o passado ficou com muitas pendências e ele precisa resolver uma vez que é confrontado por antigas questões, que ameaçam não apenas sua relação como a própria humanidade.
As ações premeditadas por Safin ditam a condução da trama que transita sobre uma ameaça global criada pela própria agência inteligência britânica, e por uma questão pessoal com Lyutsifer Safin (Rami Malek). Outro ponto que agregou na história foi às personagens femininas, feito deve ter se dado devido a escrita de Phoebe Waller-Bridge no roteiro que apresentou Nomi (Lashana Lynch) como uma agente 007, uma mulher com as mesmas habilidades de Bond e com a sagacidade feminina que sabe trabalhar em parceria com o homem sem que haja diferenciação de gênero. Durante a sua missão, Bond viaja à cuba, ele conta com a ajuda de Paloma (Ana de Armas) a representação das Bond Girls que executa bem o seu papel inclusive nas cenas de ação, a Swann (Léa Seydoux) é uma atriz com muito potencial tanto que foi selecionada para uma franquia de peso como 007, as cenas dela com o Bond, o humanizam e dão um profundidade e propósito em uma atuação impecável, embora sejam 15 anos vivendo este personagem, não vemos sinais de cansaço do ator, e sim que deu tudo si para poder finalizar este ciclo com êxito.
Aqui é possível entender que claramente há um Bondverso e que os cinco filmes atuados por Craig passaram por altos e baixos, mas ele não ignora suas falhas e sempre tenta se redimir na produção a seguir, e este filme consegue costurar vários pontos da franquia, além de apresentar um vilão raiz motivado por um passado começa a construir uma vingança que pode destruir o mundo através de uma arma biológica capaz de matar pessoas com base em seus DNA. Porém, o roteiro poderia ter concedido um espaço para o passado dele, mas acredito que não havia tempo, pois o filme tem mais de 2h e meia de duração que ficam imperceptíveis pelo fato de ser uma história instigante que nos fisga de tal maneira que nem percebi a hora passar…
O diretor Cary Joji Fukunaga conduz as melhores cenas de ação, a ambientação de Matera na Itália costuma ser usada para filmes românticos, mas com muita ousadia e planos sequência vocês vão conferir cenas de perseguição bem executadas com o clássico Aston Martin DB3.
007 – Sem Tempo para Morrer mostra que mesmo após um grande legado é possível entregar um frescor, e adaptar o protagonista de acordo com as mudanças que estamos vivendo no mundo, é triste se despedir do melhor James Bond que o cinema já viu por isso, é uma experiência que precisa ser vivida por todos os apreciadores de 007.