Que tiro foi esse? Ou melhor, que filme foi esse? A parceria entre o diretor Peter Berg e o ator Mark Wahlberg rendeu alguns frutos como: “O Grande Herói” (2013), “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo” (2016) e “O Dia do Atentado” (2016), mas lhe garanto que “22 Milhas” sem dúvida é o pior de todos eles.

A história gira em torno do oficial (Mark Walhberg) que lidera uma unidade secreta de comando tático. A missão é transportar um informante misterioso com informações confidenciais. No caminho percorrerão 22 milhas, será que conseguirão chegar a salvos?

Através da sinopse podemos cogitar vários desdobramentos para essa história, porém isso é o que nós menos observamos no filme, pois basicamente ele narra a trajetória do agente da CIA James Silva (Walhberg) e a sua tentativa de transportar o informante Li Noor (Iko Uwais) da sede de inteligência americana até o aeroporto, que totalizam uma distância de 22 milhas, sendo que durante esse percurso eles sofrem diversos ataques de uma equipe que deseja capturar o policial e o informante para que eles não possam concluir a missão. Portanto, retratam uma caça de cão e gato entre o agente e sua equipe e os seus inimigos liderados por Axel (Sam Medina).

Crítica: 22 Milhas

Já imaginou um filme de ação arrastado? Pois é! É isso que acontece aqui, eles tentam dar ritmo ao longa através de sequências agitadas, mas elas acabam incomodando mais do que ajudando, afinal as cenas são intercaladas por outras a cada dois segundos, e esse recurso que serviria para dar mais dinâmica na aventura, acaba não funcionando.

Este é o pior trabalho da carreira de Mark Wahlberg, ele tenta ser engraçado, mas não consegue, tenta ser arrogante, mas só transparecer asco ao expectador. A sua parceira, Alice Kerr vivida por Lauren Cohan, tem problemas familiares que não são bem desenvolvidos e a atriz entrega uma atuação morna e esquecível. O menos pior do elenco é Iko Uwais, que protagoniza a melhor cena de ação, situada dentro de uma sala de hospital, na sede da CIA. O restante dos personagens não possui nenhum destaque na história.

A direção de fotografia conta com uma iluminação neutra, uso de sombras, tons de cinza e uma edição frenética nos momentos de ação. Em teoria parece interessante, mas na prática o resultado acaba provocando náuseas com a câmera que treme desajeitadamente, além da montagem estranha, com cenas recheadas de cortes rápidos e abruptos que cortam qualquer clima de empolgação.

“22 Milhas” tem um roteiro fraco e repleto de diálogos de mau gosto, além de ter uma direção completamente desastrosa e que parece não ter nada a comunicar com o seu público.


Trailer: