Tem como não amar a Família Adamms? A minha relação com essa família começou na minha infância quando eu assistia repetidamente aos filmes, tenho a memória de usar durante alguns anos consecutivos a fantasia da personagem “Vandinha” nas festas de Halloween da escola e até ser apelidada como tal e não achar ruim por ser comparada com uma personagem tão astuta como ela, mas estou aqui para falar do filme que quando foi anunciado me encheu de alegria e ao mesmo tempo receio porque às vezes ficamos meio receosos por mexer naquilo que amamos, não é?

A Família Addams nasceu nos quadrinhos desenhados por Charles Addams, na década de 1930. Os personagens, que já foram vistos em séries de TV, filmes e até no teatro, chegam aos cinemas na animação dirigida por Conrad Vernon, de “Shrek 2” e Greg Tiernan na primeira animação de comédia sobre o clã mais excêntrico do pedaço. Engraçada, estranha e completamente icônica, a Família Addams redefine o que significa ser um bom vizinho.

Crítica: A Família Addams (2019)

O primeiro filme live-action da Família Addams aconteceu em 1991, dois anos após foi produzido o segundo filme “A Família Addams 2”, e o terceiro filme que não compunha o elenco dos filmes anteriores, nomeado como “O retorno da Família Addams” sendo o último material a ser produzido em live-action. A nova animação tem algumas nuances dos dois primeiros longas, mantendo a essência dos personagens e algumas referências.

É claro que o elenco composto por Oscar Isaac (Gomez), Charlize Theron (Mortícia), Chloë Grace Moretz (Vandinha), Finn Wolfhard (Feioso), Snoop Dogg (Primo It) e Bette Midler (vovó) deu mais prestígio a animação que coloca a sua história ambientada na atualidade, além de colocar a família tentando conviver com a sociedade atual e com o grande desafio de manter a essência dos personagens.

A vizinhança não consegue aceitar bem a Família Addams pelo simples fato deles existirem e de serem diferentes, e o filme gira em torno do porquê que as pessoas têm tanto receio de aceitar aquilo que é diferente? Vandinha começa a querer explorar o mundo, ir à escola e quebrar paradigmas a sua mãe Mortiça fica preocupada com os novos comportamentos da garota. Enquanto isso, Gomez treina feioso para se familiarizar com a Mamushka que tem por objetivo proteger a família daqueles que tentarem ferir, mas, o garoto não consegue ir muito além nos ensinamentos chegando a decepcionar o seu pai e quanto ao bom e velho Tio Chico se mantém aquele sujeito boa praça que busca manter um equilíbrio na família.

A produção apesar de usar as técnicas tradicionais, aqui é usada com certa cautela para alcançar uma certa semelhança com o visual 2D das séries animadas de “A Família Addams”, com os estilos e características mais clássicos de cada um dos personagens e que brinca com reações caricatas e noções de perspectiva e profundidade de forma bem curiosa em várias cenas.

“A Família Addams” acerta no tom de animação que casa com a proposta do roteiro repleto de humor negro que deve agradar crianças, adultos, e, é claro os fãs.

Trailer: