[Critica] Águas Rasas

Categorizado como um thriller de terror e até mesmo horror, “Águas Rasas” não passa de um suspense psicológico, o trailer era muito instigante, pois trazia à tona um clima de tensão, mas não entregou tudo que prometeu.

A história é focada em Nancy (Blake Lively) uma estudante de medicina que passa por um drama similar há muitos dessa nova geração; a busca por si mesmo. Neste processo ela decide ir surfar em uma praia que sua mãe, quando viva, mencionava com frequência. Sozinha nessa aventura, ela é atacada por um tubarão branco e ao tentar escapar acaba ficando presa nos corais tendo que lutar para sair antes que a maré suba.

Dirigido por Jaume Collet-Serra, o filme faz referência a “Tubarão” (1975), porém falta muito para chegar ao mesmo nível. Alguns erros de continuidade entre dia e noite são perceptíveis, e até mesmo a dublê consegue ser identificada claramente em um apelo constante pela sobrevivência da personagem principal. Além disso, o longa se atrapalha no uso da câmera lenta e na trilha-sonora que passa de forma imperceptível na linguagem proposta.

 

ÁGUAS RASAS

 

A atriz é responsável por manter todos os expectadores atentos durante os 90 minutos, assim como James Franco em ‘127 horas’, porem não é tão boa quanto tal ator, no entanto, ela se esforça bastante em sua função, mas o material de trabalho é raso, as motivações são superficiais e a ligação que ela tem com o lugar não convence o suficiente. O tubarão parece ter uma força descomunal e não se sustenta na proposta do longa, principalmente nos momentos finais.

Águas Rasas é um suspense angustiante, mas possui alguns planos inapropriados e falta de dinamismo na fotografia. Infelizmente tinha tudo para dar certo, mas não passou de uma oportunidade perdida de exibir os tubarões nas telas do cinema.

O filme poderá ser conferido a partir do dia 25 de agosto nos cinemas brasileiros.