“As Viúvas” conta a história de quatro mulheres sem nada em comum, exceto uma dívida deixada pelas atividades criminosas de seus falecidos maridos. Situada na contemporânea Chicago, em meio a um tumulto, as tensões aumentam quando Veronica (Viola Davis), Alice (Elizabeth Debicki), Linda (Michelle Rodriguez) e Belle (Cynthia Erivo) assumem o destino em suas próprias mãos e conspiram para forjar um futuro em seus próprios termos.

Crítica: As Viúvas

Com uma cena muito intensa protagonizada por Liam Neeson e Viola Davis somos introduzidos na história, e passamos a conhecer melhor um pouco mais de cada um dos personagens, começando por Harry Rawlings (Neeson) e Veronica (Davis). Ele é um assaltante que encabeça grandes crimes e ela trabalha no sindicato dos professores. Durante um roubo, Harry morre e sua esposa fica desolada. Porém, o alvo do roubo era Jamal Manning (Brian Tyree Henry) um candidato ao cargo de vereador e que coloca o seu irmão Jatemme (Daniel Kaluuya) para investigar e seguir os passos de Veronica, no intuito e cobrar a divida do falecido marido. Agora a viúva encontra-se sem saída e decide convocar outras mulheres que perderam seus maridos durante o crime para juntas enfrentarem os criminosos que ficaram de “herança”.

As Viúvas

Veronica (Viola Davis)

Veronica é quem desencadeia todo o plano, movida pelo ódio e pela carência. O roteiro enfatiza que ela está sozinha no mundo, o que acaba a mantendo completamente focada em conseguir o dinheiro cobrado por Jamal.

Linda (Michelle Rodriguez)

Linda trabalhava em uma loja que era mantida com o dinheiro dos roubos de seu falecido marido e, assim como muitas outras mulheres, ela não sabia disso e acreditava que o lucro era fruto de um trabalho honesto. Nesse filme Rodriguez tem a oportunidade de viver o papel de uma mulher que está determinada a conseguir o que quer, sempre movida pelo amor de seus filhos.

Alice (Elizabeth Debicki)

Alice é o retrato de muitas mulheres que sofrem violência física, são impedidas de trabalhar e não conseguem sair desse ciclo. A sua mãe (Jacki Weaver) acredita que a beleza feminina é um triunfo que deve ser usado a seu favor e induz a filha a ganhar dinheiro com o seu corpo, já que não pode contar com a ajuda financeira do marido. As cenas protagonizadas por Elizabeth Debicki são as melhores do filme.

Amanda (Carie Coon)

Amanda é a única que não agrega muito na história, afinal ela não participa das reuniões com as outras viúvas e pouco sabemos sobre ela.

Crítica: As Viúvas

A direção de Steve McQueen é exercida em seu alto nível, o elenco é muito competente e Viola Davis é uma excelente protagonista, mas também ressalto a presença de Elizabeth Debicki e Daniel Kaluuya com sua frieza, falta de empatia e total desdém e desprezo pelo ser humano, totalmente diferente do seu papel de vítima em “Corra!” (2017). Já o ator Colin Farrell apesar de estar em uma ótima fase de sua carreira aparecendo em filmes como “O Estranho que nós Amávamos” (2017) e “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (2017), aqui ele fica meio solto na história, expondo como a narrativa peca com o excesso de personagens.

“A Viúvas” enfatiza que a mulher é plenamente capaz de executar o que almejar e o quanto a desigualdade de gênero é uma pauta de urgência. O filme deve ser indicado ao Oscar pelos pontos que desenvolvem ao longo de sua história, que mesmo ficando um pouco irregular, não deixa de ser pertinente.


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