Eu já tinha vindo anteriormente conversar com vocês sobre Biohackers falando sobre os “4 motivos para assistir a série”, e apenas para lembrar vocês os motivos, foram: a protagonista, Mia (Luna Wedler), os seus colegas de quarto que são muito carismáticos, o triângulo amoroso entre Jasper (Adrian Julius Tillmann) e Niklas (Thomas Prenn) e o realismo científico, o diretor Christian Ditter cogitando a renovação, falou que “a série vai lidar com questões morais e éticas em torno de biohacking e edição de genoma”.
Bom, eis que série foi renovada para segunda temporada, e eu estava ansiosa para acompanhar o desfecho dessa história, que depois de expor experimentos ilegais com DNA na primeira temporada, neste segundo momento a estudante de medicina Mia Akerlund (Wedler) percebe que perdeu a memória dos últimos três meses. Tentando compreender a situação, ela se vê no centro de uma situação muito maior que vai levá-la ao limite.
Todos os personagens retomaram a série, isso é ótimo! E seguimos com Mia (Wedler) sem compreender as suas decisões e sem lembrar com exatidão o vínculo que tem com Chen-lu (Jing Chiang), Ole (Sebastian Jakob Doppelbauer) e a Lotta (Caro Cult) que são seus colegas de quarto e amigos pessoais, ela também não recordava sobre o seu relacionamento com Jasper (Adrian Julius Tillmann) e muito menos o que tinha acontecido com Niklas (Thomas Prenn), o que desperta a nossa curiosidade para saber o que está acontecendo? o que aconteceu? o que irá acontecer? De cara, é muito eficaz conduzir a protagonista dessa forma.
Mas, não é apenas a perda de memória que atormenta Mia, e sim o que aconteceu com ela, a sua mente apresenta alguns flashes que vão guiando fazendo com que ela chegue até Tanja Lorenz (Jessica Schwartz) que tem um papel crucial nessa temporada, e posso dizer a vocês que conhecemos outro lado da professora Lorenz.
Lembra que o diretor falou sobre o fato de abordar a ética da ciência? É exatamente este o fio condutor da temporada, que além de construir boas relações entre os personagens, ela estabelece o seu tema que é a discursão de Biohacking que é uma técnica de se utilizar da tecnologia e biologia para elevar o desempenho corporal em potência podendo fazer uso de chips e injeções, mas não vou me aprofundar muito até porque é um tema bem complexo, vou deixar isso a cargo da série e abnegar que vocês tirem suas próprias conclusões em torno do tema central.
Ademais, apresenta sobre a edição de Genoma humano, que recentemente passou a ser discutida por cientistas, é uma questão controversa na ciência, e a série apresenta isto, que pode ser uma realidade que parece estar distante da gente, mas nem tanto, viu meus amores? Enquanto, estou escrevendo este texto ou vocês estão lendo, uma quantidade significativa de cientistas estão no laboratório fazendo experimentos, então é de suma importância entender um pouco sobre ciência.
Christian Ditter continua trabalhando como roteirista, diretor e showrunner da segunda temporada ele mantém a qualidade da primeira temporada, seguindo o modelo quebra cabeça, a série continua com sua dinâmica e seu ritmo instigante, outro destaque é para os enquadramentos que dão ainda mais velocidade e a sensação de emersão ao universo científico.
Um frescor da série que saímos um pouco da ambientação da universidade, e assumimos um papel, mas, investigativo com a Mia, queria ter visto mais a Chen-lu e Ole em cena por adorar eles, e que tivesse sido bem desenvolvido a questão do triângulo do Niklas e Jasper por mais que ele seja um cara parceiro e ame a Mia, o coração dela parece não bater por ele, e sim pelo Niklas. Ah, também tem adesão de novos personagens o Andreas Winter (Benno Fürmann) ele patrocina pesquisas, mas com intenções duvidáveis. Já o filho de Wolfgang é mais funcional, mas pode ser que seja próspero em uma terceira temporada, se houver, já que a Netflix ainda não confirmou.
Biohackers é uma exitosa produção alemã, consegue assegurar a sua qualidade, no entanto, essa temporada merecia uns dois episódios adicionais para poder tratar melhor seus conteúdos, é uma boa maratona para um feriado, uma noite sem sono, uma tarde de sábado e ainda pode te instigar a adentrar um pouco mais sobre a ciência.