Estrela do programa de TV “Chorar de Rir”, Nilo Perequê (Leandro Hassum) é um grande nome da comédia no país. Quando ganha o prêmio de melhor comediante do ano, o humorista decide mudar radicalmente sua carreira e se dedicar totalmente ao drama, deixando sua família e seu empresário desesperados.

O elenco conta com Leandro Hassum e o seu mais do mesmo, o ator parece sentir-se um pouco incomodado com alguns rótulos que são designados aos atores de comédia e no texto escrito por José Roberto Torero. No filme Nilo Perequê (Hassum) vive um romance com Barbara (Monique Alfradique), mas são carentes de química, a Kitty (Natalia Lage), irmã do Perequê é casada com Jaimelito (Otávio Müller) e para completar a história temos o Rafael Portugal vivendo Jotapê Santana, uma espécie de concorrente do Nilo.

Crítica: Chorar de Rir

A premissa do filme quer trabalhar a mudança de um ator de comédia para outro gênero, e expõe o medo de que o artista sente de não ser levado a sério. Dentro desse cenário, Hassum dialoga com a sua própria carreira e tenta fazer com que as pessoas o enxerguem naquela situação, usando ele mesmo como referência, o que acaba não funcionando pois o retrato que ele esse esboça não é nem um pouco engraçado e carece de originalidade.

Reconheço que fazer humor é muito difícil e as pessoas tendem a rirem mais de situações cotidianas das quais elas se identificam, como é o caso do filme “Minha mãe é uma peça” (2013) protagonizado por Paulo Gustavo que retrata da vida de muitas mães e rende boas gargalhadas ou “Minha Vida em Marte” (2018), no qual que Mônica Martelli interpreta Fernanda, baseando-se nas experiências de sua vida e gerando identificação em muitas mulheres. Essa é basicamente a formula que é fortemente utilizada no cinema nacional e costuma funcionar bem…  E é claro que também existem outras formas de se construir o humor e render boas gargalhadas, mas o fato é que a construção de “Chorar de rir” é tediosa e mesmo tendo uma premissa interessante ela é desperdiçada com as piadas repetitivas e sem nada de novo.

Por conta do título “Chorar de Rir” você imagina que será um filme engraçado, certo? Mas não é! Sabe-se que existem várias nuances de comédia, porém aqui no Brasil a fórmula das comédias parecem se repetirem sempre, e o problema não está na repetição em si, mas sim na execução, pois você pode fazer a mesma coisa de formas diferentes.


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