[Crítica] Jurassic World (2015)

Após uma espera de quatorze anos, os fãs de Jurassic Park ficaram muito ansiosos com a notícia da produção de um novo filme da franquia, aguardado com altas expectativas, o longa apostou em referências de sucesso dos filmes anteriores, criando um ambiente nostálgico e familiar para quem acompanha os filmes desde o início.

De volta a Isla Nubar, o enredo se desenrola num local já conhecido, o parque, que a essa altura já está aberto a anos, agora sob a administração de Masrani (Irrfan Khan), um homem que tem ambições ainda maiores. Com a colaboração de um grupo de cientistas ele pesquisa a possibilidade de criar dinossauros mais ferozes para manter o interesse do público, já acostumado com as atrações jurássicas.

Claire (Bryce Dallas Howard) é a coordenadora operacional do parque, e quando sua irmã passa por uma crise no casamento e decide enviar seus dois filhos Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson) para a ilha para passarem um tempo com a tia, ela que é bastante ocupada, se vê sem tempo para dar atenção aos meninos, assim Claire oferece um passe VIP para que os garotos aproveitarem as atrações livremente, porém tanta liberdade pode colocar a vida deles em risco.

A equipe de cientistas do parque cria uma espécie geneticamente modificada de dinossauro, mais inteligente e forte, chamada de Indominus Rex, mas a situação fica fora de controle quando o gigante escapa do perímetro de segurança, e, de repente, as vidas de mais de 20 mil pessoas passam a correr perigo.

Com o risco eminente, surge na história Owen Grady (Chris Pratt) um pesquisador do parque com potencial para salvar a todos. Com personagens com pouca profundidade é quase fácil para os atores levarem o filme adiante, mesmo assim a Claire de Bryce Dallas Howard vive o perfeito estereótipo da donzela em perigo, sempre assustada com o mundo que ela mesma ajudou a criar, correndo para todos os lados, mas sem descer do salto, em uma distorção surreal da realidade, que torna a personagem fantasiosa, deixando assim a história um pouco mais inverossímil.

Sob a direção de Colin Trevorrow (Sem Segurança Nenhuma), o longa tem um bom ritmo, bons atores e até mesmo uma boa história, mas peca na construção dos personagens, em um filme tão distante da realidade o que aproxima o espectador da história é a empatia. Jurassic World é um bom filme para um divertimento despretensioso e agrada ao trazer referências do primeiro filme da franquia, mas não consegue ser memorável, afinal não cria vínculos e nem prende o espectador.

 

REVER GERAL
Roteiro
Direção
Atuações
Direção de Fotografia
Direção de Arte
Sou do tipo que chora em filmes, séries e livros, por isso mesmo me considero uma apaixonada. Reparo em coisas que pouca gente presta atenção como figurinos, cenários e trilhas sonoras.