Crítica: King Richard: Criando Campeãs

Baseado em uma história real e inspiradora, King Richard: Criando Campeãs, da Warner Bros. Pictures acompanha a destemida jornada de Richard Williams, um pai determinado a educar e criar duas das atletas mais talentosas e extraordinárias da história do esporte, que marcaram e mudaram o tênis para sempre. Will Smith, ator duas vezes indicado ao Oscar Ali (2001) e À Procura da Felicidade (2006).

Motivado por uma visão clara do futuro de suas filhas, empregando métodos próprios e nada convencionais de treinamento, Richard tem um plano detalhado para levar Venus e Serena Williams, das ruas de Compton, na Califórnia, para as quadras de todo o mundo, como lendas vivas do tênis. Profundamente comovente, o filme retrata a importância da família, da perseverança e da fé inabalável como instrumentos para alcançar o impossível e transformar o mundo.

Will Smith é mestre em emocionar as pessoas, com essa história de plano de fundo não seria diferente, ele é a personificação King Richard, o pai de Venus e Serena tem um propósito traçado e ele segue sem desistir ou pestanejar como grande motivação e inspiração para as meninas, ele atua como segurança noturno, mas dividi o seu dia com ajuda de sua mulher Brandi (Aunjanue Ellis), uma enfermeira, com o sonho de torná-las jogadoras profissionais. Gosto da forma que a sra. Williams é retratada, pois ela não vive na sombra do homem, ela defende as filhas, impõe a sua opinião além de ser colaborativa.

O diretor Reinaldo Marcus Green entrega um filme fluído e eficaz com momentos dramáticos que emocionam as cena do policial dentro da casa da família questionando a educação dos pais que era focada em torna as meninas campeãs e bem sucedidas, as lições de humildade durante a exibição de Cinderela (1950) numa perspectiva de humildade,  além de manter o espectador compenetrado na trama de 2h20min mesmo que muitos soubessem o desfecho, se tratando de uma história verídica.

Quanto o roteirista Zach Baylin consegue equilibrar bem o gênero de filme esportivo com os dramas sociais vividos nas ruas de Compton, como eles conseguem se adaptar em quadras pequenas e espaços precários de treino como em espaços mais sofisticados sem perder a essência. O filme não coloca o pai em um pedestal, ela apresenta um pai com traumas e que deseja que suas filhas sejam bem sucedidas, não para se promover, e sim para que elas tenham o espaço e possam inspirar outras meninas.

Com potencial de Oscar, ao menos na atuação de Smith, King Richard: Criando Campeãs entrega uma cinebiografia sobre as irmãs Williams emocionante, o esporte elitista, o tênis, apresenta o que pouco sabemos dos bastidores do que acontece no bunisses desse negócio que não deixa de ser um mercado atrativo para marcas e patrocinadores, além de enfatizar as diferenças sociais e o mais importante transmitir a mensagem inspiradora de por mais clichê que pareça nunca desista dos seus sonhos.