O filme é baseado no livro “Just Mercy: A Story of Justice and Redemption” e fala da história de Bryan Stevenson (Michael B. Jordan), um jovem advogado talentoso que luta pela igualdade de justiça em um sistema legal falho ao lado da advogada Eva Ansley (Brie Larson). Agora, ambos precisam defender a inocência de Walter McMillian (Jamie Foxx) que em 1987, foi condenado à morte pelas acusações do assassinato chocante de uma jovem de 18 anos.

Michael B. Jordan é sem dúvida, um dos maiores nomes de Hollywood por seu talento e versatilidade, como Bryan Stevenson um advogado que foi um ativista feroz pela luta daqueles que habitavam no corredor da morte no presídio de Alabama, uma causa que por muitos era perdida, mas não por ele que buscava defender pessoas que foram condenadas à morte injustamente, em parceria a Eva Ansley (Brie Larson) que tem um papel de suma importância, mas a Brie Larson não brilha como Eva.

Crítica: Luta Pela Justiça

Walter McMillian (Jamie Foox), é um dos primeiros casos de Bryan, ele foi condenado por um assassinato chocante de uma jovem de 18 anos, e como prova, apenas um depoimento de um presidiário que se contradiz completamente em sua fala. E papel de Bryan é lutar, de forma honesta tentando explicitar a inocência, e essa trama bate no espectador, pois é um tema atemporal, infelizmente, o racismo e a luta por aqueles que não tem voz.

Ao mesmo tempo que estamos assistindo este filme, existem pessoas que estão aguardando a morte dentro de um presídio injustamente, e colocar “a sua cara para bater” não é uma tarefa fácil, ainda com pouco dinheiro e influência é louvável conhecer a trajetória de Bryan e tudo que ele fez por Walter, e também por outros que estiveram numa situação semelhante.

As pessoas não costumam ter olhos para o sistema carcerário, porque os presidiários costumam ficar aquém do convívio social, o filme chama atenção para que possamos olhar para os dois lados, ouvir versões, antes de defender alguém, e ter este feeling de colher os fatos, e em seguida ter a sua opinião e defender fielmente alguém. Somar provas, e ter argumentos, é um trabalho mais árduo, mas a chance de você ter a posse da verdade é maior, embora não seja a saída que a maioria das pessoas costumam fazer, e o filme chama a atenção para isso, o trabalho do Bryan é árduo por testemunhas que queiram se comprometer e não sejam corrompidas ou prejudicadas pelo sistema.

O plus do roteiro é inserir questões didáticas sobre racismo ao falar sobre os navios negreiros, e os fatos acontecidos na cidade de Alabama, um outro detalhe é tratar as pessoas com sensibilidade, humanizando a história, o filme apresenta “os presos” e apresenta suas questões do passado como podem influenciar nas ações do presente.

As subtramas anexadas na narrativa contribuem para duas percepções, de um lado temos Herbet (Rob Morgan) que claramente tinha problemas psicológicos devido à guerra, e estava ali aguardando os dias para a sua morte, e Anthony (O’Shea Jackson Jr.) conseguiu provar a sua inocência após 30 anos no corredor da morte, e esses fatos reais, nos trazem mais uma vez a reflexão, e ficamos emocionados, inquietos, questionadores e inconformados por saber que pessoas que poderiam ter tido um destino completamente diferente, uma poderia ter sido tratada, e a outra poderia ter nem sequer passado por nada disso.

Michael B. Jordan e Jamie Foxx elevam o filme por suas atuações, dialogam sobre temas que ainda não foram sanados como “pena de morte” através de um drama eficaz, com cenas de tribunal de tirar o fôlego, é um filme extremamente necessário que te apresenta questões que te farão refletir e quem sabe expor sua opinião, ou se engajar em uma luta por alguém que precise do seu suporte. Bryan é um exemplo de homem, que de fato luta pela justiça.

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