Em meados de 2015, começaram a surgir rumores a respeito da sequência de Malévola, na época pouco se sabia sobre a volta de Angelina e o rumo que a história tomaria, mas a Disney “moveu seus pauzinhos” e fez tudo acontecer.

A trama do filme se passa vários anos depois de Malévola – em que o público aprendeu sobre os eventos que endureceram o coração da vilã mais famosa da Disney e a levou a amaldiçoar a pequena princesa Aurora. Agora a produção continua a explorar a relação complexa entre a fada de chifres e a quase rainha, ao formarem novas alianças e enfrentarem novos adversários em sua luta para proteger os mouros e as criaturas mágicas.

Crítica: Malévola: Dona do Mal

As coisas começam bem no mundo dos Moors, Aurora (Elle Fanning) é pedida em casamento pelo príncipe Philip (Harris Dickinson) e com isso, o príncipe comunica aos seus pais, o rei John (Robert Lindsay) e a Rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer), que resolvem fazer um jantar para formalizar o pedido. Animada, a princesa convida malévola (Angelina Jolie), mas as coisas não caminham conforme o esperado durante o jantar, colocando Malévola e Aurora em lados opostos.

O primeiro filme ficou conhecido por subverter diversos conceitos acerca da “vilã” e na sequência não é diferente, começando pela própria origem de Malévola que dessa vez está ainda mais sarcástica, chegando a fazer o público dar risada em diversos momento, provando que ela não é tão dona do mal assim – isso pode até incomodar algumas pessoas – mas dentro da proposta do longa funciona muito bem. Com novos personagens para movimentar a história, interpretados por Ed Skrein e Chiwetel Ejiofor, eles colaboram no processo de pertencimento de Malévola explicando não apenas a sua origem, mas o que ela é capaz de fazer, possibilitando que ela possa entender mais a si mesma. E claro, Michelle Pfeiffer rouba a cena e explora todo o material parecendo estar bem à vontade no papel.

Crítica: Malévola: Dona do Mal

O filme é visualmente deslumbrante e provavelmente vocês deduzem isso pelo selo do estúdio e pelo longa anterior. Outro ponto que deve ser mencionado é que a produção pode causar algum estranhamento no público por não usar a história original como base, afinal parece que as pessoas têm a necessidade de comparar o filme com o livro ou com qualquer outro material de apoio, no entanto aqui foi criado um roteiro simples que aborda questões de maternidade, pertencimento e ressentimento de maneira sutil. Tendo em mente que o público-alvo da produção são adolescentes, ele consegue transcender a magia Disney e ao mesmo tempo tocar em algumas questões reais, como a briga entre dois povos por razões  e motivações desconhecidas, ou por simples vaidade de seus lideres.

A relação das criaturinhas fofas pode parecer não ter função na história, mas pensem comigo: Tudo se passa no reino em que elas habitam, então, elas acabam agregando quando lutam pela sobrevivência delas, assim como deveríamos lutar pelo nosso meio ambiente que está nos concedendo tantas coisas boas, mas até quando? E a prepotência dos humanos de sempre querer mais pode acabar destruindo “reinos”, no nosso caso civilizações, tudo isso é muito sutil e raso em “Malévola” mas não é completamente descartável, pois me parece que ela não é apenas uma vilã e sim, um ser mágico com erros e acertos e que luta por aquilo que acredita.

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