Crítica: No Fio da Navalha

O drama No Fio da Navalha chegou ao  Cinema Virtual apresentando uma história que lida com dores do passado e injustiças jurídicas.

Na trama acompanhamos Ludovít que perdeu seu filho em um cruel ataque neonazista, mas, devido a uma falha na legislação eslovaca, é obrigado a lidar com a extrema injustiça de ver os agressores do seu filho serem rapidamente libertados.

Revoltado, ele luta contra uma polícia ineficiente, um juiz oportunista, e, principalmente, contra o fato de nunca ter sido realmente próximo do próprio filho. Se culpando pela morte do filho, ele passa a ter problemas de relacionamento com a esposa e a filha, além de cada vez mais tentar influenciar a investigação.

O roteiro tem uma certa esperteza, pois apesar de girar ao redor dessa morte opta por não construir a base da história através da forma com que a morte ocorreu, mas sim focando em outros aspectos tanto sociais como a incompetência do sistema em conseguir trazer justiça como também trabalha um lado psicológico do nosso protagonista Ludovít.

É através da ótica e dos dramas internos dele que a trama é contada, há um peso constante de cobrança consigo mesmo por não ter sido próximo ao filho no passado que no decorrer da produção acaba por lhe influenciar a fazer escolhas questionáveis de movimentar ele mesmo a investigação.

A direção de Teodor Kuhn tem certa fluidez para contar todo o processo do filme e sabe extrair ao máximo uma atuação impressionante de Roman Luknár, além de conseguir alternar entre os diversos aspectos que a produção mira falando tanto de dramas familiares como também denunciando um sistema injusto.

Contudo, o roteiro apesar disso encontra problemas no centro já que eles vai para muitos caminhos e nem todos são devidamente bem desenvolvidos, alguns pontos são interessantes, mas também tem elementos um tanto rasos, o que contorna esse problema é a dedicação que há dentro de Ludovít.

Afinal suas ações certas ou não provocam uma cadeia de eventos que vai revelar cada vez mais a dor de Ludovít, além de servirem como uma denúncia sobre toda uma situação injusta e realista que parece estar longe do controle do personagem.

Para assistir, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.