A Netflix apostou em uma abordagem diferente para recontar a história da famosa bruxa Sabrina Spellman, que fez grande sucesso nos anos 90, estrelando vários filmes e também a série “Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira” na qual a atriz Melissa Joan Hart fazia o papel da protagonista.
Em “O Mundo Sombrio de Sabrina” (Chilling Adventures Of Sabrina), série original da plataforma, o clima é mais sombrio e assustador. Isso porque ela foi baseada nas HQs de mesmo nome, criadas em 1960 por Roberto Aguirre-Sacasa.
A história se passa na pequena cidade de Greendale, onde Sabrina mora com seu primo Ambrose e suas duas tias Hilda e Zelda. Metade mortal, metade bruxa, ela está prestes a fazer 16 anos, idade que marca a transição da adolescente para o mundo das bruxas, fazendo com que tenha que escolher entre o mundo humano ou o mundo da magia.
A série se passa nos dias atuais, mas é marcada com um figurino característico dos anos 60, dando uma aparência vintage as cenas. Outro detalhe são as cores frias escolhidas para compor a fotografia da produção, o que contribui para gerar um clima mais sombrio e mistico proposto pelo diretor Lee Toland Krieger. Sabrina, no entanto, se destaca e foge desse padrão de cores, usando e abusando de roupas vermelhas.
A atriz Kiernan Shipka é quem faz o papel de Sabrina. Apesar de sua aparência meiga e gentil, a jovem tem um ótimo desenvolvimento nas cenas em que precisa ser ousada, rebelde e até mesmo má. A Netflix fez um ótimo trabalho ao escalar a atriz para o papel, pois ela consegue cativar e conquistar o público logo no início do show.
Outro personagem que conquista rapidamente o carisma do público é Ambrose, interpretado por Chance Perdomo. Ele tem uma personalidade cômica e excêntrica, lembrando um pouco o papel que era desempenhado pelo gato Salem na série “Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira”, que aconselhava Sabrina e proporcionava momentos de descontração.
Aliás, havia muita expectativa sobre a participação de Salem na série. Infelizmente o gato aparece poucas vezes durante os episódios. Aqui, ele é o que as bruxas chamam de “familiar”, uma criatura que assume forma de algum animal e tem a função de ajudar a bruxa que for sua dona.
A série traz rituais satânicos, magia negra, demônios e claro, bastante feitiçaria. Tudo foi muito bem encaixado no enredo para gerar um clima de suspense e o mais interessante nisso é que, apesar dessa pegada mais sombria, a série tem um clima bastante leve e agradável de assistir.
A trama vai ficando mais interessante a cada episódio e quando chega no final, o gosto de “quero mais” continua. A boa notícia é que a segunda temporada da série já está sendo gravada e logo mais poderemos conferir a continuação da história.