[crítica] Ouija – O jogo dos Espíritos

 

Com uma equipe de produção consideravelmente boa foi esperado o mínimo de qualidade do filme, que por sinal não alcançou esse resultado sendo mais uma decepção para o gênero, tendo em vista que Annabelle era o mais esperado do ano e também obteve com excito o fracasso.

 

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O filme conta a história de duas amigas que desde crianças brincavam com a tabua dos espíritos e hoje mais velhas uma delas resolveu fazer a brincadeira, que após uma série de acontecimentos bizarros levou a garota a cometer suicídio. Sua melhor amiga e amigos resolveram fazer o jogo afim de conseguirem se comunicar com seu espirito e descobrir a causa de sua morte. É aqui que percebemos o quão inteligente os personagens são, a começar que é a própria protagonista que sugere o ato. As mortes começam a acontecer e quando percebem as consequências, já é um tanto tarde.

 

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Olivia Cooke que interpreta Emma na série Bates Motel foi um dos motivos que me chamou atenção no filme, mas infelizmente a jovem atriz não consegue fazer milagres na trama. Acompanhada de atores igualmente jovens interpretando personagens pouco desenvolvidos, apenas contribuem para decadência do longa tornando-o pouco atrativo. Em uma produção de terror assim como em todos os gêneros – mas neste mais ainda – é extremamente necessário que haja personagens cativantes e bem desenvolvidos para que ganhemos simpatia para com eles e torçamos por sua sobrevivência, isso também facilita com que nós nos coloquemos em seus lugares e sintamos com todo fervor a adrenalina, tensão e medo transmitido pelo momento, criando assim uma atmosfera dramática e isso é o que contemplamos em longas como Invocação do Mal. Em outras produções é comum que o roteiro nos faça ganhar um apreço maior pelo vilão dependendo de suas motivações. Em Ouija nada disso acontece, não temos protagonistas cativantes tão menos uma personificação do “mal”.

 

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A História em si é tremendamente fraca, como já disse os personagens são fracos e pouco inteligentes e o enredo é mais fracassado ainda, segue a clássica receita de bolo e ainda assim não consegue ter nenhum ponto positivo. Diferente de Annabelle que o pouco de “qualidade” do filme vinha da constância de cenas assustadoras e tentativas de sustos, Ouija nem isso consegue fazer, não que não tentem, mas nada contribui para obtenção de tal objetivo. Então o que sobra? Nada. Praticamente não há pontos positivos, o mais próximo do acerto que chegaram foi na trilha sonora e efeitos especiais, mas esses junto de um enredo fraco de nada valeram. Para concluir, quando o filme aproxima-se da reta final ele surpreende com um final mais fraco que o próprio longa em si, trazendo para nós uma conclusão pífia que chega a beirar o ridículo.

Atuações fracas, personagens pouco trabalhados e um roteiro preguiçoso fazem do filme mais um fracasso, que acaba por fechar o ano de 2014 sem nenhum bom nome lançado no gênero.