[Crítica] Pássaro Branco na Nevasca

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Antes de tudo, é necessário ressaltar que eu tenho um pouco de “birra” com Shailene Woodley( A culpa é das estrelas), não gosto do estilo de atuação e nunca achei que ela fosse uma boa atriz, confesso que depois de assistir Pássaro Branco na Nevasca/White Bird in a blizzard talvez eu tenha mudado de opnião.

Gregg araki é um ótimo diretor e consegue nos transmitir a sensação de amadurecimento através das cenas mais oníricas possíveis. Óbvio que qualquer diretor erra ás vezes, nesse filme temos sim alguns erros, mas que passam batido se você não for assim tão ranzinza quanto eu.

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Minha birra com Shailene começou em A Culpa é das Estrelas, sinceramente não achei uma grande atuação, não senti toda a emoção que Hazel Grace me passou ao ler o livro, enfim, coloquei todos meus pré-julgamentos de lado e assisti ao Pássaro Branco na Nevasca, afinal de contas o filme ainda continha as atuações de Eva Green e Christopher Meloni.

A trama é seguinte: kat (shailene) é uma típica adolescente dos anos 80, um pouco rebelde e como qualquer adolescente cheia de inseguranças, principalmente em relação ao corpo, sua mãe (Eva Green) projeta todas suas frustrações na filha, enquanto o marido é apenas um “saco de batatas”, um homem incapaz de revidar as humilhações que sofre por parte da esposa que misteriosamente some.

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O filme se passa nos anos 80 e a ambientação realmente engrandece a história, assim como a trilha sonora que nos faz imergir no contexto histórico do ROCK AND ROLL e do surto da AIDS, o sumiço da mãe inicialmente é interpretado como uma busca pela liberdade, tanto por Kat como pelo telespectador, isso é bom porque acaba dando um tom de suspense ao filme. Também vemos camadas de busca policial e também sobrenatural, já que sonhos são quase que o mote da personagem principal.

A falta de linearidade foi o que me prendeu, no inicio eu achei “ah… já sei o que aconteceu” e de certo modo eu sabia, mas a maneira que isso é apresentado realmente fascina e prende a audiência, essa alternância entre passado e futuro misturado com o fator onírico é o que torna esse filme digno de ser assistido.

O filme tem um ritmo bem leve e aborda muito o amadurecimento, principalmente usando o fator sexo, apesar de todas suas duvidas kat é uma personagem muito firme em relação ao sexo, logo no inicio do filme á vemos no auge de seus 8 ou 9 anos de idade percebendo que sua mãe e seu pai não transavam mais, por isso seu pai mantinha pornografia em alguma gaveta, é bizarro ver uma criança percebendo tais coisas, mas isso tudo serve para justificar a postura sexual da personagem.

Pássaro Branco na Nevasca é uma boa obra cinematográfica, pode não te pegar de inicio, mas continue assistindo que melhora e o final, por mais previsível que seja, ele acaba não sendo tão previsível assim, uma boa sacada dos roteiristas que literalmente dão um belo balão no público.

trailer do filme:

REVER GERAL
Pássaro Branco na Nevasca
Apenas um cara vivendo entre palavras, imagens e sons dispostos em composição em uma tela