Crítica: O Planeta dos Macacos (2001)

Tim Burton dirigiu O Planeta dos Macacos de 2001, remake que marcaria o reinício da franquia, mas não foi bem recebido e nem ao menos ganhou uma continuação. O filme chegou a receber o prêmio Framboesa de Ouro em três categorias.

Os acontecimentos do filme são equivalentes aos da trama original de 1968 e como todo remake, traz elementos novos para a narrativa.

Também existem cenas que fazem referência ao filme original, como quando os macacos perseguem o humanos e os levam como prisioneiros, além algumas tomadas nos atos finais.

Mark Wahlberg é o protagonista Leo Davidson, um astronauta que depois de um acidente espacial acaba indo parar em um planeta desconhecido e logo descobre que macacos inteligentes dominam o planeta.

Aqui, ao invés dos macacos Cornelius e Zira de 1968 se aliarem a favor do protagonista, quem desempenha esse papel é a símia Ari, interpretada pela atriz Helena Bonham Carter, que entrega uma personagem apaixonante e carismática.

Todos os símios foram bem representados por seus intérpretes. Paul Giamatti é o excêntrico traficante de escravos Limbo, Michael Clarke Duncan é o corajoso coronel Attar e Tim Roth merece destaque pelo ótimo desenvolvimento como o vilão General Thade. A atuação de Roth entrega um vilão perverso, com expressões aterrorizantes.

O grande problema que fez com que o filme não se tornasse um sucesso como aconteceu com os primeiros, foi que a essência do Planeta dos Macacos escrito por Pierre Boulle, do qual o filme foi adaptado, não se fez presente durante a narrativa.

O Planeta dos Macacos de 1968, por exemplo, é fiel ao livro e se mostra completo de diálogos inteligentes, que carregam críticas sociais, teológicas e políticas. Existe uma disputa intelectual, enquanto que o remake de 2001 aposta apenas na guerra entre macacos e homens e se afasta da verdadeira proposta da distopia de Boulle.

O Plot Twist é mantido, mas acontece de uma forma diferente do que já visto anteriormente e consegue ser interessante até para quem já conhecia o desfecho da trama, graças a elementos bem utilizados de ficção científica.

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