Crítica: Tubarão 4 – A Vingança (1987)

Quando alguns filmes atingem certo nível de sucesso é comum lançarem sequências para tentar alcançar novamente a fama. Tubarão (1975) de Steven Spielberg é um clássico consagrado e até hoje serve de inspiração para filmes do gênero. Alguns anos depois de seu lançamento, Tubarão 4: A Vingança, quarta sequência da saga, estreou nos cinemas e se mostra como um claro exemplo de que nem sempre a sequência é um bom caminho.

Na história, o mesmo tubarão do primeiro filme quer se vingar da família do chefe Martin Brody (Roy Scheider). Essa premissa já nos dá uma dica da tragédia que o filme virá a ser e para completar, esse mesmo tubarão sai de New York e vai até as Bahamas atrás da família Brody.

O roteiro é bastante fraco e apresenta diversos furos, inclusive erros de continuidade e cenas que parecem terem sido inseridas aleatoriamente. Aliás, um aspecto que foi extremamente prejudicial é que o tubarão, que seria o grande vilão, quase não tem protagonismo.

Ao se assistir um filme desse gênero, o que se espera são muitas mortes, sangue e momentos de tensão, características que ficaram muito a desejar nesse caso. Há muitas cenas repetitivas que mostram a visão do tubarão se aproximando debaixo d’água, essa repetição além de não causar nenhum suspense, se torna tediosa.

As atuações também são bastante ruins e os personagens piores ainda. A atriz Lorraine Gary reprisa seu papel como Elen, viúva de Martin Brody. O premiado ator Michael Caine também atua no filme, interpretando um piloto que se interessa por Elen, mas seu personagem não desperta empatia alguma.

Definitivamente essa sequência deveria ser totalmente esquecida.