Isso mesmo, na ultima terça-feira (30/06) o canal MTV trouxe ao ar o primeiro episódio da série Scream, que trás de volta para o público o clássico de 1996 de mesmo nome (dirigido por Wes Craven e com roteiro de Kevin Williamson). Scream, agora em formato de série de TV do gênero Horror e Suspense, se desenvolve de maneira nostálgica com relação ao clássico em que se baseia. Tal nostalgia pode ser percebida logo nos primeiros minutos da série, repetindo o primeiro assassinato do filme de 1996, mas dessa vez acolhendo de braços abertos a tecnologia que tanto nos rodeia, com uma certa pretensão de mostrar que não estamos mais na década de 1990 e tudo pode acontecer.
Com o decorrer do episódio, a série nos traz os típicos estereótipos que estão presentes nos clássicos, a garota gostosa e popular, o jogador de futebol e seu melhor amigo, o nerd com fixação em serial killer, a garota excluída que está aberta com relação à sua sexualidade e a garota principal. Além destes, entra no grupo um personagem novato na cidade que pode ser considerado um meio de responder todas as perguntas do público com relação às lendas urbanas da cidade e os acontecimentos dela, como por exemplo a história do serial killer da cidade de 20 anos atrás e Daisy (Tracy Middendorf) que vem a ser a mãe da personagem principal Emma (Willa Fitzgerald). Em diversos momentos a série oferece ao espectador o que a sua temática propõe, horror e suspense, nos fazendo suspeitar de tudo e de todos ao oferecer inúmeras possibilidades de quem pode ser o verdadeiro assassino (ou seriam os?) que agora não mais é o famoso ghost face. Um momento especificamente que pode causar ao público o interesse de interpretar o que acontece e o que os personagens querem dizer, é o momento na sala de aula em que se discute sobre filmes e séries de terror e nos alerta para o fato de que aquilo não é mais um filme e sim algo novo, algo que pode surpreender completamente com suas diferenças do clássico original.
A série, por ser da MTV, faz jus ao histórico do canal quando tenta acolher o jovem público que faz com que as grandes séries de hoje façam sucesso, pois ao mesmo tempo que a série trabalha com estereótipos, ela trabalha com as diferenças. Mas isso não significa que a série não irá agradar ao público adulto, os mesmos podem se apegar à série tanto quanto os jovens e principalmente se tiverem assistido ao clássico original, onde irão se deparar com inúmeras referências à ele.
Por fim, o episódio se mantém linear e seguro com as suas ideias, porém, a série ainda tem um longo caminho de desenvolvimento à percorrer se pretende crescer, tanto os personagens quanto ela como um todo para que faça o público se apegar como Wes Craven e Kelvin Williamson conseguiram. Então, só nos resta torcer e acompanhar cada tensão que os próximos episódios provavelmente nos trarão.
Assista ao trailer da série!