Stargirl acaba de lançar seus primeiros episódios da segunda temporada através da HBO Max e pelo visto a série manterá a boa qualidade de seu primeiro ano, mas agora explorando outras temáticas e gêneros sem perder todo o carisma e aspectos que deixaram a primeira temporada tão boa e divertida.
Atualmente, Stargirl é uma das produções mais promissoras da DC dos últimos anos, o projeto junto de Superman and Lois representa toda uma nova era para as adaptações de super-heróis dentro da TV e mostra como a CW pode também ter grandes acertos quando coloca o coração e uma certa visão em suas séries.
Muito disso se viu na primeira temporada que contou a história de Courtney Whitmore (Brec Bassinger), estudante forçada a se mudar para uma nova cidade, depois que sua mãe se casa novamente, então ela acaba sendo escolhida para ser heroína do Cajado Cósmico e passa a ser treinada pelo padrasto Pat Dugan (Luke Wilson), antigo braço direito do herói Starman (Joel McHale) e aos poucos se torna a Stargirl.
Na primeira temporada, Geoff Johns, criador da série e da personagem nas HQs (feita aliás como uma homenagem para sua irmã) incorpora todo o espírito mágico e juvenil de Shazam! com muitas dinâmicas sociais ao estilo Meninas Malvadas e um sentimento de magia e maravilhamento típico de uma sessão da tarde de Spielberg.
Aos poucos no decorrer da temporada, a garota (interpretada com muito carisma por Brec Bassinger) caminha na linha tênue entre poderes e responsabilidades, adquire amigos e vai descobrindo a valorizar sua família e também se formando como uma grande heroína de sua cidade ao lado de outros jovens heróis que se revelam a cada episódio.
Porém a situação muda ligeiramente nesse segundo ano, pois se antes a grande inspiração estava em Spielberg, agora a produção abraça muito do cinema de terror de 80 e 90, mas sem perder a leveza e o espírito heróico já estabelecidos no ano anterior da série.
Isso já percebemos em seus primeiros episódios lançados, pois agora temos cenas com ambientação maior de suspense e por momentos pontuais onde a narrativa ganha contornos visuais de filmes como Hora do Pesadelo ou It – A Coisa, mas claro que dentro de todo um contexto de super-heróis e vilões dentro na pequena cidade.
Além disso, ainda há aquelas cenas muito bem coreografadas de ação e com os habituais efeitos que impressionaram anteriormente, inclusive com adições interessantes devido ao vilão Eclipso e da mitologia de Lanternas Verdes que se tornam parte do universo de Stargirl.
Mas não é apenas de heroísmo e ação que se faz uma boa temporada e pelo que já percebemos essa segunda temporada irá ainda explorar uma narrativa sequencial e bem conectada entre os episódios e conflitos entre o grupo de amigos e familiares, afinal a questão de Courtney estar tão preocupada e empolgada em ser a Stargirl está provocando problemas para aqueles ao seu redor.
E no meio dessas problemáticas também será preciso ficar de olho nesse ano nos demais personagens que se apresentaram promissores, seja Yolanda (Yvette Monreal) e sua dualidade moral, a confusão mental de Cindy (Meg DeLacy) ou os inéditos como Starman (Joel McHale) e Sombra (Jonathan Cake) que devem trazer perigos e mudanças para a dinâmica estabelecida na série.
A temporada até o momento está prometendo muitas coisas boas ou interessantes para o público e dando consequências para os atos da temporada anterior, além de desenvolvimentos dramáticos conforme a mitologia se expande como os novos elementos sombrios e continuamos a ver nossa heroína Courtney errar, aprender e evoluir muito mais.
A série é exibida simultaneamente todas as semanas na HBO Max.