[Resenha] Desventuras em Série: O Penúltimo Perigo – Vol.12

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Título: O Penúltimo Perigo
Autor: Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 320

 

Às vezes é necessário voltar ao começo para desvendar um mistério final, e é exatamente isso que os órfãos fazem nesse penúltima desventura, esse décimo segundo livro começa com os Baudelaire em um táxi desconhecido rumo a sua cidade natal, dirigido por uma grávida pra lá de estranha, que eles acabam descobrindo tratar-se de Kit Snicket (isso mesmo, irmã de Lemony). Ela os incumbe com a difícil missão de evitar que o açucareiro caia em mãos erradas.

Assim, os quatro partem rumo ao Hotel Desenlace, um Hotel arquitetado para funcionar como uma ilusão de ótica, isso porque ele reflete perfeitamente na superfície de uma lagoa e assim todos os números e palavras escritos nele estão ao contrário, para que quando vistos através do reflexo pareçam corretos. Para se infiltrarem no hotel os três irmãos terão de se disfarçar de concierges e ficarem atentos aos misteriosos hóspedes, já que agora eles também são voluntários da C.S.C.

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Os Baudelaire acabam descobrindo que em dois dias ocorrerá um encontro muito suspeito e que os seus antigos tutores, pelo menos os que sobreviveram, estão todos hospedados no hotel, aguardando esse grande evento, que tem como função o julgamento do pérfido conde Olaf e a disseminação de todas as descobertas que os voluntários da C.S.C. puderam reunir, até então, sobre a vilania que está presente em todos os cantos do mundo.

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É impossível resenhar O Penúltimo Perigo sem revelar muito sobre a história, já que esse volume já inicia sua caminhada para um desfecho e acaba começando a desvendar os mistérios que acompanharam os Baudelaire até aqui. O que dá para contar sem comprometer a trama é que no decorrer da história o açucareiro perde o destaque e que o Conde Olaf mostra sua versão mais humana e pela primeira vez demonstra ter uma papel diferente, enquanto os órfãos começam a se questionar se suas atitudes realmente são nobres ou se na verdade são pérfidas, ou se são ambas as coisas, pois muitas vezes eles se veem em situações que pedem ações das quais eles não se orgulham. Nesse volume fica ainda mais evidente o quanto as crianças evoluíram e quantos mistérios haviam por trás do incêndio que os deixou órfãos.

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Mas se você já está cansado de tantas desventuras Lemony Snicket alerta: “As coisas próximas-à-última são as primeiras a serem evitadas, portanto permita-me recordar que você ponha esse livro próximo-ao-último de lado primeiro, e encontre alguma outra coisa para ser a próxima a ler, para que este livro próximo-ao-último não se torne o último livro que você lerá”.