Tubarão é um dos maiores clássicos do cinema e é um dos percursores do gênero blockbuster que nos contagia atualmente com produções de super-heróis e filmes de ação fantasiosa, mas tudo começou lá com Tubarão em 1975, mas o que poucos sabem é que o material veio na verdade de um livro escrito por Peter Benchley, um apaixonado por essas criaturas mortais que desenvolveu em sua obra uma deliciosa história que dividido em três partes caminha por tons diferentes provocando diversas sensações.
Pois bem vamos falar então do livro, a história se passa em Amity, um balneário ficcional situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado na praia o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da região. Mas o prefeito Larry Vaughan, mais preocupado com o dinheiro dos veranistas, consegue abafar a notícia e liberar o banho de mar na cidade.
A leitura agradável, realista e recheada de detalhes nos faz mergulhar, não apenas na tensão e na aventura propostas pela ameaça do tubarão, como também proporciona muitos elementos da mitologia do livro que acabaram sendo tirados na adaptação cinematográfica como por exemplo toda a estrutura que envolve a política, a mídia e a lei que vivem em uma comunhão sombria sobre os fatos ocorridos na cidade, visando sempre não criar um má publicidade que pudesse atrapalhar o atrativo turístico do local. No entanto, tudo acaba quando o xerife Brody pega para si a missão, não só de proteger a sociedade, como também de fazer justiça para aqueles que são prejudicados por essa singela “máfia” local.
Há ainda muitas informações relacionadas ao passado de cada personagem, isso em certo momento dá uma bagagem emocional bem maior aos protagonistas, mas em certas situações acaba arrastando a trama ao envolver várias camadas ao redor da relação de Brody e sua esposa, o que termina nos tirando um pouco do contexto de Brody, a cidade e o tubarão.
Felizmente, tudo isso se acaba em seu clímax eletrizante, onde o trio de caçadores embarca em uma aventura cheia de suspense e ação para caçar o grande “vilão” da trama, com muita fluidez e emoção, além de diversas reviravoltas que graças ao nosso pré conhecimento dos personagens, faz com que os perigos eminentes nos deixem ainda mais apreensivos do que na sua adaptação cinematográfica.
Dessa forma, “Tubarão” chega ao seu final se revelando um livro singular e envolvente que, apesar de alguns deslizes no ritmo, ele prova que vale a pena ser lido e relido várias e várias vezes.
Ficha Técnica
Livro: Tubarão
Edição: 2015
Autor: Peter Benchley
Editora: Darkside books
Gênero: Suspense
Número de páginas: 320