[Review] Yamishibai: Histórias de Terror Japonesas

Yamishibai: Histórias de Terror Japonesas é um anime de 2013, que teve sua primeira temporada dirigida por Tomoya Takashima com o roteiro criado por Hiromu Kumamoto. Sua animação é diferente de outros animes que já assisti, cada episódio dura em média quatro minutos e meio e é contado através de um método, que no Japão é conhecido como Kamishibai. Basicamente existem dois planos dimensionais, a imagem de fundo e o primeiro plano – a pessoa – que se movimenta como nos teatros de papel, de uma forma minimalista, fazendo o mínimo de movimento possível.

Esse método de contar histórias advém do budismo, onde os monges usavam um Emakimono – desenho, imagem ou texto que funcionasse como plano de fundo – e bonecos de papel que animavam histórias religiosas e de cunho moral a fim de alcançar o público analfabeto.

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O anime está finalizado com duas temporadas de treze episódios cada, e cada um contando uma história independente com personagens que não se repetem, também no intuito de ilustrar histórias de terror típicas da cultura japonesa, especialmente lendas urbanas, contando assim com “a moral da história” no melhor estilo fábula.

A primeira temporada estreou em Tókio em 14 de julho de 2013, a segunda em 6 de julho de 2014. O estilo da animação pode incomodar de inicio, porém quando estiver habituado à mesma poderá testemunhar algumas histórias muito interessantes, nem todos os episódios são excelentes, existem alguns clichês já muito conhecidos pelo público, porém acredito que seja uma ótima recomendação para quem já conhece um pouco e se interessa pela mitologia japonesa, quanto mais você já souber sobre a cultura daquele povo, mais chances existem de você realmente aproveitar o que cada episódio tem a oferecer, o que também não impede que alguém alheio às crenças japonesas possa aproveitar o que esse anime não convencional tem a oferecer.

Os episódios curtos fazem com que o anime não perca consistência em sua duração, nada é gratuito e tudo é conciso e diretivo, facilitando a comunicação entre arte e admirador e permitindo uma maratona fulminante.